quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quando Adolfo Caminha


Quando Adolfo Caminha PDFImprimirE-mail
Por Grupo Lua Cheia
04 de setembro de 2005
Image
Vamos preparar a massa/Vamos repartir o Pão. Pão! Pão! Pão! /Nessa rua de torta linha/ cantamos... Adolfo Caminha, caminha. A canção preparava a cena para apresentar o movimento Padaria Espiritual, tendo como foco a vida e a obra de Adolfo Caminha. O espetáculo, encenado no ano do centenário da morte do escritor naturalista Adolfo Caminha, contou com textos de Manuel Lima versando sobre a saga de um homem e suas crenças.




Direção: Grupo Lua Cheia. Texto: Manuel Lima. Música de Cena: Marcelo Costa, Álvaro Costa e Paulo André. Elenco: Erivando Braga, Ricardo Freitas, Beto Lins, Jean Carlos, Manuel Lima e Silvanise Ponciano.










Porque Adolfo Caminha? PDFImprimirE-mail
Por Grupo Lua Cheia
07 de maio de 2008

Image
Atores Rafael e Manuel Lima.
A peça é uma colagem de textos a partir de escritos dos autores Marciano Ponciano e Marcelo Costa levada à cena pelo Grupo Lua Cheia de Teatro e que apresenta para a cidade de Aracati seu filho mais notável: Adolfo Caminha. A montagem busca expor questões já existentes como a própria história do escritor e confrontá-las frente às agruras do descaso à sua memória e legado. A cena foi construída sob a ótica imagética. Imagens, ora estáticas ora em movimento, dão a impressão de o espectador estar frente a um álbum de fotografias antigas. A casa, a rua, a cidade são relações que buscam estabelecer apropriação de valores, resgate da memória deste escritor e revitalização do Centro Histórico de Aracati.



Ficha Técnica- Textos: Marciano Ponciano e Marcelo Costa. Direção: Marciano Ponciano. Figurino: Grupo Lua Cheia. Elenco: (1ª Montagem/2005)) Marly Correia, Silvanise Ponciano, Manuel Lima, Bruno Brasil, Eugênio Costa, Ricardo Freitas, Irlena Ponciano, Rafael. (2ª Montagem/2006) Marly Correia, Silvanise Ponciano, Manuel Lima, Bruno Brasil, Wiliano Brito, Diego Felipe, Regina Oliveira. Música: Betto Lins.
http://luacheia.art.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=368&Itemid=61




Francisco Graça de Moura


Por Francisco Graça de Moura
10 de abril de 2011
Image
Francisco Graça de Moura
FRANCISCO GRAÇA DE MOURA Nasceu em Aracati-CE, onde viveu até os 15 anos de idade, radicando-se, posteriormente, em Varginha-MG, Cidade-Polo do Sul de Minas.

É antropólogo, cientista social e escritor. Especialista em Políticas Públicas Municipais, em Gestão Pública Municipal Participativa, em Gestão Social Sustentável e Desenvolvimento de Comunidades.

É presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Social e Comunitário – FADESC, com sede em Varginha e atuação nos 159 municípios do Sul de Minas; é Consultor Geral da Fundação de Ensino Superior de Itabira – FUNCESI, onde coordena, anualmente, o Seminário Nacional de Inovação na Gestão Pública Municipal(Itabira-MG, Vale do Aço).

É autor de 16 livros, sendo 14 em assuntos de sua área de atuação e 02 de poemas.

Residiu 10 anos na Europa(Alemanha, Suíça e Espanha), onde fez seus cursos de especialização.

É sobrinho do poeta aracatiense Raimundo Herculano de Moura.

Poemas e outros textos:

sábado, 5 de maio de 2012

ÊTA FORTIM ARRETADO!





ÊTA  GRANDE FESTANÇA
NO ARRAIÁ DO FORTIM!
AQUI TODO MUNDO DANÇA
COM O SANFONEIRO ARRETADO
O PASSO DO MIUDIM,
TEM CASAL COLADO
QUE NÃO PASSA MOSQUITIM.

ENTONCE DANCE COM ALEGRIA
E MUITA ANIMAÇÃO,
PROCURANDO SUA ANA OU MARIA.
MAS CUIDADO CABRA! TENHA CUIDADO.
POIS OCÊ É ESPICIÁ
NESSE GRANDE TRADIÇÃO,
DO NOSSO ARRAIÁ.

AQUI NOIS TEM ARRASTAPÉ,
E MUITO QUENTÃO,
AINDA TÁ CHEIO DE MUIÉ
RODOPIANDO NO SALÃO.
VAMO LÁ, MINHA GENTE
ISQUENTÁ O CORAÇÃO,
E ESPERAR O QUE VEM PELA FRENTE.

ENTONCE VAMO APROVEITÁ
ESCUITANDO O QUE VOU DIZÊ.
SE OCÊ QUÉ CASÁ,
TEM SANTO CASAMENTEIRO,
ISSO DIGO PRA OCÊ,
QUE ACREDITA E É BRASILEIRO,
BASTA A SIMPATIA FAZÊ.

DIZEM QUE PRO CASÓRIO
A MOÇA DEVE PULAR FOGUEIRA,
ONDE É BEM NOTÓRIO,
QUE NESSA BRINCADEIRA
ELA PEGA UMA FACA,
E COMO OFERTÓRIO
TEM QUE ENFIAR NA BANANEIRA.

E OCÊ AI, FEZ SUA ADIVINHAÇÃO?
ENTONCE FAÇA DA ALIANÇA,
DIZEM QUE NÃO É SUPERTIÇÃO.
MAS SE OCÊ TEM ESPERANÇA
E UM AMÔ QUÉ ARRUMÁ,
TENHA MUITA ESPERANÇA,
QUE O RESULTADO VIRÁ.

TEM RECADINHO DO AMÔ
PARA OS APAIXONADOS,
E ATÉ PRA QUEM NUNCA NAMORÔ.
OU QUE SABE AI DO SEU LADO
TÁ  AQUELE OU AQUELA
QUE OCÊ SONHOU,
FICANDO COM OS OIOS ARREGALADO.

E ARROXANDO O NÓ
ARGUÉM DE FORA GRITA.
- NUM PODE FARTÁ FORRÓ
E O PAU DE FITA!
E PRO MODE FICAR MIÓ,
TEM QUE TER QUADRIA,
ONDE A MOÇADA SE AGITA.

DESDE O TEMPO DE MENINO
EU ESCUITO FALÁ,
QUE OS FESTEJOS JUNINO
É FESTA TRADICIONÁ,
E QUE O VEIO SATURNINO
É CONHECIDO PELO POVO,
POR SER UM HOMEM POPULÁ.

NESSES FESTEJOS OCÊ VAI ENCONTRÁ
MUITA COISA DE CUMÊ,
E PRA TOMÁ.
SE OCÊ QÚÉ BEBÊ,
NOIS TEM ALUÁ,
COISA BOA PODE CRÊ,
BASTA IR NA BARRACA COMPRÁ.

OIA, CERTA VEZ ARGUÉM ME CONTOU,
E ESSA É DE ADMIRÁ.
DIZEM QUE UM AFAMADO DOUTÔ
DA GRANDE CAPITÁ
VIU UM PÉ-DE-MOLEQUE,
E UM PEDAÇO FOI COMPRÁ,
E DISSE: - POSSO PAGÁ COM CHEQUE?

É, COM GENTE CHEIO DE PABULAGEM
NÃO QUERO RAPAPÉ,
POIS MANCHA SUA IMAGEM
ATÉ PRA UM MUIÉ.
E SEI QUE NINGUÉM MERECE,
MAS É O QUE ACONTECE
EM QUARQUÉ QUERMESSE.

MAS O QUE A DE FAZÊ?
A FESTA É DA MULTIDÃO,
E NINGUÉM PODE ESCUIÊ,
ENTRE A CIDADE E O SERTÃO,
ELES VEM DE TODO LUGÁ,
QUE DIRÁ UM ESNOBE RICÃO,
QUE A FESTA QUÉ APRECIÁ.

MAS VAMO EMBORA
E DEIXÁ DE TANTA PROSA,
POIS TÁ PASSANDO A HORA
QUE COMBINEI COM ROSA,
DE IR PRA FESTANÇA
NA FAZENDA ESPERANÇA
DA CUMADE GENEROSA.

NOIS VAI PRO MEIO DO SALÃO
DANÇÁ BEM AGARRADIM,
PEGANDO SUA CINTURA DE PILÃO,
E DEPOIS NOIS VAI PRO ESCURIM
DÁ CHEIRO NO CANGOTE,E
FALÁ QUE TÁ  A FIM
DE DANÇA UM BOM XOTE.

PRA ELA EU VOU DIZÊ,
NOIS FICA ATÉ DE MANHÃ,
FAZENDO UM BOM JABACULÊ,
SEI QUE NÃO É MINHA IRMÃ,
ISSO DIGO PRA OCÊ,
NOIS É CASAL DE NAMORADO
VAMO NOSSO CASAMENTO FAZÊ?

EU APROVEITO A FESTANÇA
E OS CONVIDADO,
BOTO NO SEU DEDO UMA ALIANÇA,
CHAMANDO O PADE QUE TÁ ALI DO  LADO,
AINDA PEGO UMA CRIANÇA
PRA DAMA DE HONRA,
CASA COMIGO, QUE TÕ APAXONADO.

EU COMO CABRA DA PESTE
OUVI MEU AVÔ FALÁ,
QUE  EM TODO NORDESTE
TODOS QUEREM UM SANTO HOMENAGIÁ.
E EM QUARQUÉ PARTE DO BRASIL, E NO AGRESTE
TEM UM SANTO PRA NOS ALUMIÁ.

ENTOCE VOU COMEÇÁ
FALANDO PRA OCÊ,
É SÓ ME ACOMPANHÁ
SE QUIZÉ SABÊ.
QUE TEM  SANTO ANTÔNIO, SÃO  JOÃO,
E SÃO PEDRO QUE NOS DÁ A PROTEÇÃO,
É SÓ SEU PEDIDO FAZÊ.

E EU NÃO ME ACABRUNHO
EM PÚBLICO DIZÊ,
QUE NO MÊS DE JUNHO
FORTIM TEM SANTO PRA LHE PROTEGÊ.
E AINDA  SEM MEDO
DIGO QUE SÃO PEDRO
É O SANTO PRA  NOS BENZÊ.

AQUI NOIS REZA NOVENA
PEDINDO AOS SANTO PAZ E AMÔ,
VENDO QUE VALE A PENA
PEDIR COM MUITO FERVÔ
A SÃO PEDRO, QUE É PROTETÔ,
QUE LIVRE O POVO DAS CENA
DE GUERRA E HORRÔ.

OUTRA  COISA QUE NÃO POSSO ESQUECÊ,
ISSO DEIXA BEM CLARO,
E SEI QUE MEU AMIGO QUÉ SABÊ,
QUE NOSSA SENHORA DO AMPARO
É MÃE E VERDADEIRA,
E AINDA LHE FALO QUE NO FORTIM
ELA É NOSSA PADROEIRA.

EI, DEIXE DE PREGUIÇA
TÁ CHEGANDO O FIM,
QUERO LEMBRÁ QUE TEM MISSA
NA IGREJA DO FORTIM,
E NÃO SE INIBE,
QUERO OCÊ NA PROCISSÃO
COM SÃO PEDRO NO RIO JAGUARIBE.

AQUI NOIS TEM TRADIÇÃO
ALEGRIA E MUITA GARRA,
PRA DANÇÁ COM SATISFAÇÃO.
E NOIS DA ESCOLA  DA BARRA
VIEMO DE BOM GRADO
E CHEIO DE ANIMAÇÃO,
PRA O ARRAIÁ COM EDUCAÇÃO.


MANUEL LIMA (  AUTOR )



sexta-feira, 4 de maio de 2012

FORTIM, UMA ADOLESCENTE DE 20 ANOS

HISTÓRICO DA CIDADE  DE FORTIMPDFImprimirE-mail
Denominação
Variação de Fortinho, em homenagem ao forte que fora construído no local. Os relatos mostram que a expedição de Pero Coelho de Souza, em 1603, baixou acampamento nessa parte do litoral. Deixou como lembrança histórica o Forte Nova Lisboa ou Nova Lusitânia.

Origens
O combatente Pero Coelho de Souza, durante sua expedição de 1603, que ia da Paraíba à Ibiapaba, acampou  em um lugar da parte costeira, demorando o tempo necessário para o engajamento de indígenas na sua tropa.
Com o aumento da sua tropa, Pero partiu para a Paraíba, onde esperava encontrar apoio militar. Sem nada conseguir, retornou local do acampamento trazendo em sua companhia D. Maria Tomázia, sua mulher e cinco filhos menores. Fundou ali então o Forte Nova Lisboa.
Posteriormente, sem esperanças de apoio ao forte, resolveu deixar o local em direção à Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN). Deixou como lembrança histórica, além do Forte, algumas peças de artilharia. O forte inspirou o nascimento do o lugar posteriormente denominado Fortim. 
Criação de Vila
Chamado inicialmente Canoé, o povoado experimentou certo desenvolvimento, que o capacitaria a receber o título de Vila, evento que se deu conforme Lei nº 1.271, de 29 de maio de 1934.

Criação de Município
Lei nº 386, de 14 de outubro de 1937, transferiu a sede do distrito para o reduto chamado Fortim, nome que substituiu o anterior. Sua elevação à categoria de município ocorreu segundo Lei nº 11.928, de 27 de março de 1992.
 Primeira Capela
As primeiras manifestações eclesiais surgiram com a edificação de uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Amparo, construída por Aderbal de Castro e Silva e Henrique Furquim de Lamayeur. A Paróquia está vinculada ao Bispado de Limoeiro do Norte