quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Desespero da Fivela

Na comodidade dos tempos tudo leva a crer que somos úteis, e somos, quando há motivo de amor e zelo. Já a paz quer derrubar o ódio e amenizar a dor... – Me desculpe de tão nervosa não falei meu nome, pode até ser engraçado, mas me chamam de “ Fivela”. Sou simples com bolinhas no corpo e dois caninhos dourados na cintura. Por favor, me ajude! Não sei se minha dona me esqueceu ou jogou-me no mundo como uma pessoa abandonada sem lar e sem pão. Estou perdida sem saber pra onde ir...olhe onde fui parar. Numa linha de montagens de sapatos. E é aqui que ela trabalha, nesta fábrica de sapatos. Lanolli estava surpreso e ao mesmo tempo confuso, mas tentou manter a calma e perguntou. - Quem é você? - Eu... eu... sou uma Fivela abandonada. Estou aqui, reclamando da minha má sorte. -Tenha calma, eu vou tentar resolver o seu problema. Só peço que confie em mim, e acredite que você não está sozinha. A fivela estava muito nervosa e chorava sem parar. - Agora, diga-me, o que uma simples fivela como eu faz aqui? Esse lugar não combina comigo, não faz sentido. O meu lugar é em uma bonita penteadeira, dentro de uma luxuosíssima caixinha de jóias. Lanolli que sempre dava um jeitinho para ajudar as pessoas, não hesitou, rapidinho pensou em fazer um anúncio e colar no portão de entrada da fábrica, assim quem visse e fosse ler o estava escrito falaria para a dona da Fivela , se acaso a encontrasse. - Olha fivela, modéstia a parte eu sou muito bom em fazer anúncios de objetos perdidos. Não se preocupe, está bem? Ainda com lágrimas nos olhos e soluçando falou a fivela. - Você faria isso por mim, meu amigo? Se é assim que posso chamar. - Lógico que sim, afinal de contas para que serve os amigos, hein? - Lanolli, só você mesmo, já estou me sentindo mais aliviada e segura ao seu lado. - Assim você me deixa sem graça. Mas vamos ao que nos interessa. A Fivela ficou meio temerosa para fazer um simples pedido a Lanolli, mas respirou fundo, colocou a vergonha de lado, e mirou bem direto nos olhos do amigo e falou. - Tenho um pedido para lhe fazer. - Faça quantos quiser. O que foi dessa vez? - Que tu não sejas igual a pessoa que me abandonou... - Que é isso Fivela! Jamais eu deixarei você sozinha enquanto estiver comigo. Depois de muito conversarem, Lanolli pegou papel e caneta e começou a escrever o anúncio. Quando ficou pronto ele pregou o anúncio no portão, bem na hora em que todos os empregados entravam. Um deles se aproximou e começou a ler. Ao término do anúncio ele chamou Lanolli e perguntou. - Lanolli, que piada é aquela que está colada no portão? - Não é piada Pedro, o que está escrito lá é tudo verdade. Pedro ficou boque aberto com a convicção de Lanolli, e abriu o saco de asneiras. - Não, você só pode estar de gozação com a gente. Onde já se viu, fivela falar que foi abandonada. Se eu fosse você eu tirava aquele papel do portão, daqui a pouco vão dizer que tu estás louco. - Quem está louco é você que não sentimentos. E tão pouco entende a dor dos outros, palhaço! O anúncio que Lanolli fez foi motivo de piada, mas logo surtiu efeito. A dona da Fivela ficou sabendo e logo procurou Lanolli para ter a certeza do que estava acontecendo. - Lanolli, que piada é essa de fivela perdida? Perguntou toda ansiosa e interessada a moça. - Não é piada não, senhora, o que está escrito lá é tudo verdade. Eu encontrei sim, uma fivela aqui na linha de montagem de sapatos, triste e desesperada. A curiosidade na moça foi aumentando, e ela começou a perguntar. - E como é essa fivela, você pode me dizer? - Claro, ela é de bolinhas, com caninhos dourados na cintura. Após a descrição uma leve lágrima desceu pela face da bela moça, que não conseguiu conter a emoção. - Não acredito, essa é a minha fivela. Ai, que alivio, já estava desesperada, sem saber o dizer para minha mãe. Esta fivela foi um presente que eu ganhei quando completei 15 anos, e jamais eu a abandonaria. Talvez por um momento o cabelo tenha se desmanchado, com isso ela caiu. - Quer dizer que você é a dona da fivela? -Sou eu sim! -Nossa, eu não acredito que deu certo o anúncio. Lanolli pulou de alegria, por ter ajudado sua amiga a encontrar a verdadeira dona. - Obrigado Lanolli, por ter cuidado da minha fivela. Mas onde ela está? E o que eu posso fazer para recompensá-lo? - Que é isso, desse jeito você me ofende. O que fiz não foi mais do que a minha obrigação. Ajudar a solucionar um problema, e que ele fosse resolvido. Agora ela está bem guardada, esperando o desfecho feliz dessa história. - Aqui está, mas não a perca outra vez, ame-a com todo o seu coração. A solidão é o pior dos sentimentos. Sentir-se rejeitado é mais terrível para qualquer ser deste planeta. - Você falou coisas tão bonitas, que mexeram comigo. Mas pode deixar que a partir de hoje, eu serei mais cuidadosa com todos à minha volta. Finalmente todos ficaram felizes. Lanolli por ter ajudado a Fivela a encontrar a sua verdadeira dona, e sua própria dona a reencontrar o seu estimado objeto de valor. Essa é mais uma história que pode acontecer com qualquer um, pois o destino não olha a quem, por isso, quando encontrar alguém com dificuldades não pense duas vezes, ajude-o, não importa como vem a recompensa. O que importa é o amor e a solidariedade que podemos fazer ao próximo. Manuel Lima

Amanhã

Quando o sol surgir e aquecer teu coração pense no amanhã que se levanta, pois nada é feito de ilusão. A humanidade precisa de você! não esconda seus sentimentos, permita que o desejo toque em tua alma nas primeiras horas que se faz o dia. Antes que tudo se acabe, antes que teu corpo perca o beijo, perca o amor e a paixão. Manuel Lima

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Á beira de um rio

Cetra vez estava um velho e um jovem à beira de um rio para pescarem, o velho que fora pescador durante anos interrompeu a sua missão porque perdeu uma de suas pernas na última pescaria, em que sempre trazia o sustento para sua família. No começo foi difícil para eu me acostumar com algo que perdi, e que fazia parte de mim, mas me apeguei com Deus, que foi e sempre será o meu companheiro de todas as horas. Falou o velho ao jovem. E o jovem que ouvira as duras palavras do velho deu um longo suspiro e perguntou. - E isso é ruim para o senhor? O velho responde. - Não, filho, porque eu perdi só uma perna, ruim seria se tivesse perdido a vida, e hoje eu não estaria aqui contando a você como sobrevivi. Porque a dor você pode suportar quando tem fé e esperança para prosseguir a caminhada, sabemos que ela vai estar ali, se quisermos que ela esteja presente, mas quando temos Deus para nos dar o conforto ela jamais vai se manifestar. Estais vendo este rio? Ao longo de sua vida ele sofreu graves consequências, tanto da natureza, quanto do homem. Mas mesmo assim ele continua resistindo e mostrando para todos nós que é forte, e que as lágrimas que derramou sempre vão ao encontro do conforto de outro leito que desagua longe daqui. Não esqueça filho, ao nosso lado sempre tem um ombro amigo para nos amparar, nunca estamos sozinho, lembre-se sempre o homem não caminha sozinho com sua dor, muito menos nas horas de alegrias, a partilha é fundamental no reino dos homens que tem alma e coração. A luz da vida nos ilumina, e nos faz pensar que estamos sempre começando. Manuel Lima

Reciclar para enfeitar

Oficina de Artesanato Durante os dias 20 e 28 de outubro de 2011 no NIT Fortim a artesã Cláudia Alcântara ensinou a alguns professores da rede pública de ensino de Fortim como aproveitar as caixas de leite que jogamos fora. Sob a sua orientação fizemos uma carteira, um puxa-saco e uma bolsa. Com sugestões simples podemos enfeitar a nossa vida, e deixarmos os nossos momentos mais felizes. O que você está esperando? Com o reaproveitamento de materiais que são jogados no lixo dar um colorido e beleza na nossa casa, e até presentear.