Este será um espaço de comunicação para eu divulgar as minhas poesias e fotografias, além de compartilhar com outros valores artísticos culturais.E assim viabilizar o acesso a arte àqueles que tem sensibilidade. Manuel Lima
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Contigo Ficarei
Vamos ao mar! Gritou um tripulante do veleiro. Enquanto em terra firme, sentada numa pequena jangada encontrava-se Amélia, aflita e cheia de cuidados fazendo mil recomendações, e olhando o seu esposo organizar as redes de pesca,e mantimentos para uma longa aventura.
- Godofredo, deixa essa idéia absurda de velejar, tu bem sabes que o mar é perigoso.Escuta-me querido, meu coração e eu estamos imaginando noticias do “Contigo Ficarei” em manchetes de jornais, revistas e televisão. Godofredo ouviu tudo paciente como de costume, e soltou de dentro do seu velho peito.
- Caríssima, durante todos esses anos foram de aventuras, ao enfrentar o mais impossível e indestemível que é o mar. No teu colo nada temerei ,a não ser a morte, pois esta quando arrasta é como um vendaval,arrasa tudo, abalando as menores estruturas. Olhe para ele e escute a sua voz, tu devias estar acostumada, em seus braços não sinto o calor que tem o corpo, como sei que mais frio é o beijo da morte. Fé em Deus,só ele sabe dos desígnos do homem.
Nesse instante, o que mais importa para este homem, é estar corpo a corpo com as águas, que em pensamento dizia. – Tu, oceano sem fim, abraças esse imenso mundo com o teu sangue azul, desafiando aos indestemidos a beberem esse licor, para um último suspiro... mar adentro, vai partir o “Contigo Ficarei”.
Pronto e preparado Godofredo dá um longo e forte abraço em sua esposa, depois a beija ardentemente. Deixando um anjo à sua espera, enquanto debulha um teço pedindo coragem e proteção a Deus e a todos os santos para que o ilumine.
E eis que Godofredo e seus amigos partem em busca de aventuras. Como não bastasse a preocupação de Amélia, as gaivotas sobrevoam os céus, dão boas vindas e murmuram.
- Homens que deixam a terra, e buscam desbravar os mares, lembreis que estes cabelos que os senhores pisam, tem o costume de absorvê-los no fundo dos seus caracóis, na fúria louca de seus devaneios.
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