É hora da brincadeira
é hora da animação,
vamos pular fogueira
e esquentar o coração.
Vamos lá Pedro
vamos lá João
cadê Antônio
que não está neste salão?
Antônio está lá fora
tomando quentão
e cinvidando Aurora
pra tirar o pé do chão.
Nesta festa junina
tem que ter mulher,
só assim a gente se anima
arrastando o pé.
Fazendo dois pra lá
fazendo dois pra cá,
com um fungado no cangote
até o sol raiar.
Manuel Lima
Este será um espaço de comunicação para eu divulgar as minhas poesias e fotografias, além de compartilhar com outros valores artísticos culturais.E assim viabilizar o acesso a arte àqueles que tem sensibilidade. Manuel Lima
domingo, 30 de maio de 2010
Súplica de um sertanejo
Valei-me minha nossa Senhora
nessa hora de aflição,
não sei o que é de mim agora
e toda minha famiação.
Meu sertão tá ameaçado
e toda minha prantação,
não tenho mais roçado
nem mio e nem feijão,
morreu todo o meu gado
o meu último quinhão.
Só te peço minha santinha
que nesse momento de dor
faça cair um chuvinha,
e nessa terra nascer fulô.
Sei que um homem com pecado
só procura a salvação
quando vê tudo acabado
rezando ligeiro uma oração.
Sei que fome e seca não combina,
pode atá ser minha sina
viver nesse torrão.
Aqui termina
a minha humilde oração,
enxugando oios com a manta
e suplicando a minha santa,
mãe do meu sertão.
Manuel Lima
nessa hora de aflição,
não sei o que é de mim agora
e toda minha famiação.
Meu sertão tá ameaçado
e toda minha prantação,
não tenho mais roçado
nem mio e nem feijão,
morreu todo o meu gado
o meu último quinhão.
Só te peço minha santinha
que nesse momento de dor
faça cair um chuvinha,
e nessa terra nascer fulô.
Sei que um homem com pecado
só procura a salvação
quando vê tudo acabado
rezando ligeiro uma oração.
Sei que fome e seca não combina,
pode atá ser minha sina
viver nesse torrão.
Aqui termina
a minha humilde oração,
enxugando oios com a manta
e suplicando a minha santa,
mãe do meu sertão.
Manuel Lima
Moleque traquino
Oh,seu Justino
mandei meu menino
pro mode comprá,
um quilo de farinha, pra nóis armoçá.
Já faz mais de uma hora
que mandei ele correndo,
e não sei o que é dele agora,
e estou quase morrendo.
Tenha carma seu Raimundo,
não tem bada nesse mundo
do que ter pasciência,
entonce lhe digo com consciência.
Seu moleque saiu
que nem vento pegava,
ainda pra mim sorriu,
dizendo que seu pai lhe esprava.
Saiu de porta a fora
gritando: - vou embora
com um quilo de farinha
que na sua casa não tinha.
Num se avexe não,
e nem fique aflito,
sucegue o coração,
esse bicho esquisito.
Seu Justino até mais vê,
foi bom mesmo saber
do meu Severino,
aquele moleque traquino.
Manuel Lima
mandei meu menino
pro mode comprá,
um quilo de farinha, pra nóis armoçá.
Já faz mais de uma hora
que mandei ele correndo,
e não sei o que é dele agora,
e estou quase morrendo.
Tenha carma seu Raimundo,
não tem bada nesse mundo
do que ter pasciência,
entonce lhe digo com consciência.
Seu moleque saiu
que nem vento pegava,
ainda pra mim sorriu,
dizendo que seu pai lhe esprava.
Saiu de porta a fora
gritando: - vou embora
com um quilo de farinha
que na sua casa não tinha.
Num se avexe não,
e nem fique aflito,
sucegue o coração,
esse bicho esquisito.
Seu Justino até mais vê,
foi bom mesmo saber
do meu Severino,
aquele moleque traquino.
Manuel Lima
sexta-feira, 28 de maio de 2010
ABC da Natureza
A - A vida está ameaçada
com o ar poluido,
o homem não faz nada
para mudar esse sentido.
B - Bons momentos ele passou
em perfeita harmonia,
e hoje no seu dia a dia
vove um horror.
C - Catástrofes e calamidades
o mundo enfrenta,
não importa o país e a cidade
onde chega a tormenta.
D - Destruido o planeta fica
pela sua ganância
onde ecoa seu grito
que passou sua ignorância
E - Embora ele queira mudar
essa grande realidade,
assim é dificil resgata,
a cara da sociedade.
F - Flora e fauna ameaçada
um ambiente doente,
essa é uma enrascada
e animais descontentes.
G - Geleiras se desprendem
e águas vão aumentando,
e muitos não entendem
o que estão passando.
H - Hoje poucos se preocupam
com o meio ambiente,
outros se desculpam
com sua atittude inconseqüente.
I - Imagine essa terra
daqui a alguns anos,
vivendo grandes guerras
com percas e danos?
J - Juntos podemos mudar
essa terrível história,
basta nos conscientizar
e atingirmos a glória.
L - Liberdade de expressão
todos nós temos,
não faã do mundo lixão,
pois assim sofreremos.
M - Mares em abundância
e rios se poluindo,
com nossa intolerância,
e a vida se esvaindo.
N - Natureza pede ajuda
com bichos em extinção,
e a humanidade não muda,
só age com má intenção.
O - Onde estão as matas?
O verde está sumindo.
Onde o homem só desmata
e beleza se destruindo.
P - Poluição é um problema
que ao mundo atinge,
esse é um dilema
que a muitos aflinge.
Q - Quem quer ver o sofrimento
do nosso verde,
e até o tormento
de alguém pra matar a sede?
R - Repense antes de jogar
lixo nos rios e lagos,
desse jeito pode causar
poluição e estragos.
S - Salvai! Aboca grita.
escutem os meus ais,
se alguém acredita
na salvação dos animais.
T - Tempo nós temos
pra reverter a situação,
juntos nós traremos
à tona uma solução.
U - Uma boa esperança
temos que ter,
assim como a criança
que está pra nascer.
V - Vidas não podem acabar
sem água pra beber,
nós temos que racionar
se quisermos sobreviver.
X - Xexéu está assustado,
e cantando diz:
o homem é culpado
pela feridas do meus país.
Z - Zangada está anatureza
porque vive um drama,
e ela diz:- estou perdendo a beleza
que do meu corpo se derrama.
Manuel Lima,Eulene Pereira,Ilnar Cardoso,
Rose Maciel,Alexsandra Amaral
Alunos do Curso de Português da UVA
( Universidade Estadual Vale do Acaraú )
Aracati-Ceará - 2008
Foto:Manuel Lima
sábado, 22 de maio de 2010
Mãe, chama ardente.
Mãe, a tua chama ardente
aquece o meu coração!
E é através desta chama
que estou vivo
para seguir os teus passos
e os teus ensinamentos.
Porque sei que tu tens
a sabedoria de um rei,
que sabe governar.
Porque sei que tu tens
o sabor de um fruto doce,
e a doçura de me educar.
Porque sei que tu tens
na alma leve
o cheiro fino da flor
que estar em teu ser,
e pelo qual eu provei,
como o beija-flor
procura o nécta das flores.
Porque sei que tu tens
e recebeste do criador
a mais sublime missão
que é o dom da vida,
e gerar outro semelhante
para amar, e dar amor.
Manuel Lima
Êta Fortim arretado!
Êta grande festança
no arraiá do Fortim!
Aqui todo mundo dança
com o sanfoneiro arretado
o passo do miudim,
tem casal colado
que não passa mosquitim.
Entonce dança com alegria
e muita animação
procurando sua Ana ou Maria.
Mas cuidado cabra! Tenha educação.
Pois ocê é espiciá
nessa grande tradição
do nosso arraiá.
aqui nois tem arrastapé
e muito quentão
envorta tá cheio de muié
rodopiando no salão.
vamos lá minha gente
isquentá o coração,
que há muita coisa pela frente.
entonce vamo aproveitá
escuitando o que vou dizê,
se ocê qué casá,
tem santo casametêro,
isso digo pra ocê,
que acredita e é brasileiro,
basta a simpatia fazê.
dizem que pro casório
a moça deve pulá fuguêra,
e é bem notório
que nessa brincadeira
ela pega uma faca,
e como ofertório
tem que enfiar na bananêra.
e ocê ai, fez sua adivinhação?
entonce faça da aliança,
dizem que não é supertição.
mas se ocê tem esperança,
e um amô qué arrumá,
tenha muita confiança,
que o resultado virá.
tem recadinho do amô
para os apaixonado,
e pra quem nunca namorô.
ou quem sabe do seu lado
tá aquele ou aquela
que ocê sonhou,
ficando com os oio arregalado.
e arroxando o nó
arguém de fora grita.
num pode fartá forró,
e o pau de fita!
e pro mode ficá mió
tem qui tê quadria,
onde a moçada se agita.
e desde o tempo de menino
eu escuito falá,
que os festejos junino
é festança tradicioná,
e que o veio Saturnino
é conhecido pelo povo,
por sê um home populá.
nestes festejos ocê vai encontrá
muita coisa de cumê,
e pra tomá.
se ocê qué bebê,
nois tem aluá,
coisa boa pode crê,
basta ir na barraca comprá.
oia, certa vez arguém contô,
e essa é de admirá.
dizem que um afamado dotô
da grande capitá,
viu um pé-de-moleque,
e um pedaço foi comprá,
e diche:-posso pagá com cheque?
é, com home cheio de pabulage
não quero rapapé,
pois mancha sua image
até pra uma muié.
e sei que ninguém merece,
mas é o que acontece
em quarqué quermesse.
mas o que há de fazê?
a festa é da mutidão,
e ninguém pode escuiê
entre a cidade e o sertão,
eles vem de todo lugá,
que dirá um esnobe ricão
que festa qué apreciá.
mas vamo embora
e deixá de tanta prosa,
pois tá passando a hora
que combinei com Rosa,
de ir pra festança
na fazenda Esperança
da cumade Generosa.
nois vai pro meio do salão
dançá bem agarradim
pegando sua cinturinha de pilão,
e despois nois vai pro escurim,
dá cheiro no cangote,
e falá que tá a fim
de dançá um bom xote.
e pra ela eu vou dizê,
nois fica até de manhã
fazendo um bom jabaculê,
sei que não é minha irmã,
isso digo pro'cê,
nois é casal de namorado
vamo nosso casamento fazê?
eu aproveito a festança
e os convidado,
boto no seu dedo uma aliança,
chamo o pade que tá ali do lado,
ainda pego aquela criança
pra ser dama de honra,
casa comigo, que tô apaxonado!
eu como cabra da peste
ouvi meu avô falá,
que em todo nordeste
todos qurem um santo homenagiá,
e que em quarqué parte do Brasil, e agreste
tem um santo pra nos alumiá.
entonce vou começá
falando pro'cê,
é só me acompanhá
se quizè sabê,
que tem Santo Antônio, São João
e São Pedro que nos dá a proteção,
é só seu pedido fazê.
e eu não me acabrunho
em publico dizê,
que no mês de junho
Fortim, tem santo pra lhe protegê.
e ainda sem medo
digo que é São Pedro
pra nos bendizê.
aqui nois reza novenna
pedindo ao santo paiz e amô,
vendo que vale a pena
pedir com muito fervô
a São Pedro, que é protetô,
que livre o povo das cena
de guerra e horrô.
e outra que não posso esqucê,
isso deixo bem claro,
e sei que meu amigo qué sabê,
que Nossa Senhora do Amparo
é mãe e verdadera,
e ainda lhe falo
que ela é nossa padroeira.
ei, deixe de preguiça!
tá chegando o fim,
quero lembrá que tem missa
na igreja do Fortim,
e não se inibe,
quero ocê na procissão
com São Pedro no Rio Jaguaribe.
aqui nois tem tradição,
alegria e muita garra,
pra dançá com satisfação.
e nois da Escola da Barra
viemo de bom grado
e cheio de animação,
pra o arraiá com educação.
Manuel Lima
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A forma de transformação.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Um fim de tarde!
Pedra do chapéu
Flor da chanana
segunda-feira, 17 de maio de 2010
É hora de refletir.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Todos tem seu lugar.
Dr. Mallet
Seu campo de operações foi a cidade de Aracaty e durante sua existência ali como cliniconão não se lhe conheceu um insucesso em obstetricia.
Morava à Rua do Commercio e com filhos.Tinha um creado, tido como morphetico, o que não o impedia de carregar nos braços os filhos do amoou patrão.Era este, com certeza, um anti-contagionista.
O Dr. Mallet, que faleceu em 1856 de febre amarella e foi sepultadoa a um lado da Igreja Matriz, era o typo do medico caridoso, do phillantropo. Ninguém por mais miseravel que fosse jamais bateu de balde à sua porta requerendo os serviços de sua nobre profissão; muita vez, em noite avançada, regressava à casa, enxarcado, com lama até os joelhos, depois de um percurso de milhas pela viagens do Jaguaribe no intuito de levar aos enfermos o socorro de sua luzes e o dinheiro para compras dos remedios.
Dizia o boticario Teixeira Castro, testumunha do seu altruismo, que na Praça da Gamboa devia estar levantado um monumento a Mallet de preferncia ao que lá existe commemorando a visita pastoral do Bispo D. Luiz.
Fonte: Estrangeiros e Ceará, 2ª edição. Coleção Mossoroense, v. CCXLIX, 1983( Barão de Studart)
Morava à Rua do Commercio e com filhos.Tinha um creado, tido como morphetico, o que não o impedia de carregar nos braços os filhos do amoou patrão.Era este, com certeza, um anti-contagionista.
O Dr. Mallet, que faleceu em 1856 de febre amarella e foi sepultadoa a um lado da Igreja Matriz, era o typo do medico caridoso, do phillantropo. Ninguém por mais miseravel que fosse jamais bateu de balde à sua porta requerendo os serviços de sua nobre profissão; muita vez, em noite avançada, regressava à casa, enxarcado, com lama até os joelhos, depois de um percurso de milhas pela viagens do Jaguaribe no intuito de levar aos enfermos o socorro de sua luzes e o dinheiro para compras dos remedios.
Dizia o boticario Teixeira Castro, testumunha do seu altruismo, que na Praça da Gamboa devia estar levantado um monumento a Mallet de preferncia ao que lá existe commemorando a visita pastoral do Bispo D. Luiz.
Fonte: Estrangeiros e Ceará, 2ª edição. Coleção Mossoroense, v. CCXLIX, 1983( Barão de Studart)
terça-feira, 4 de maio de 2010
Uma das descobertas...
Dois aracatienses ilustres,quanta honra tê-los...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Água corrente...
Me dê licença
Me dê licença
Quero entrar
Para falar com você,
Quero sentir tua presença,
Pois tenho algo a lhe dizer,
Espero que me compreenda
E possa então me entender.
Eu sou o sol
Que adentra a tua casa,
Sou a luz e o amor,
Levo pra longe a tristeza
E amenizo a dor.
Me dê licença
E obrigado
São palavras fundamentais,
Mas nós seres humanos,
As tornamos banais.
Manuel Lima
Quero entrar
Para falar com você,
Quero sentir tua presença,
Pois tenho algo a lhe dizer,
Espero que me compreenda
E possa então me entender.
Eu sou o sol
Que adentra a tua casa,
Sou a luz e o amor,
Levo pra longe a tristeza
E amenizo a dor.
Me dê licença
E obrigado
São palavras fundamentais,
Mas nós seres humanos,
As tornamos banais.
Manuel Lima
Esperança
Por que a esperança chegou
E eu fiquei aqui?
Por que a esperança
Não bateu em minha porta
Para eu abrir?
Ficou lá fora,
Sentada em frente a minha casa
Fazendo sentinela à porta,
Sabendo que era hora
De escancará-la
E dizer:-sai, o mundo te espera!
Não deixes que a solidão
Deste cômodo que te aprisiona
Consuma-te por inteiro.
Eu garanto que o sol que tens aqui fora,
Não é igual ao que tens ai dentro.
Manuel Lima
E eu fiquei aqui?
Por que a esperança
Não bateu em minha porta
Para eu abrir?
Ficou lá fora,
Sentada em frente a minha casa
Fazendo sentinela à porta,
Sabendo que era hora
De escancará-la
E dizer:-sai, o mundo te espera!
Não deixes que a solidão
Deste cômodo que te aprisiona
Consuma-te por inteiro.
Eu garanto que o sol que tens aqui fora,
Não é igual ao que tens ai dentro.
Manuel Lima
Anjos e Poetas
Anjos e Poetas
Que a vida seja sublime!
E os amantes saibam
O sentido dela.
Onde o beija-flor faz o beijar
E o néctar o despertar
Para o enlace de dois caminhos
Que se cruzam.
Pois quando falo de amor
Falo pela boca dos anjos e dos poetas.
E que eu tenha dois olhos:
O do coração e o da razão,
Que incessantemente estes nos diz tudo,
Até quando devemos ver
Um novo amanhecer,
Sem mentiras e sem falsas palavras.
Então, navegar foi preciso
Para estar nas águas do teu mar,
Por isso, cruzei mares e oceanos
Manuel Lima
Amanhã
Quando o sol surgir
E aquecer teu coração
Pense no amanhã que se levanta,
Pois nada é feito de ilusão.
A humanidade precisa de você,
Não esconda seus sentimentos,
Permita que o desejo
Toque em sua alma
Nas primeiras horas
Que faz o dia.
Antes que tudo se acabe,
Antes que teu corpo
Perca o beijo,
Perca o amor
E a paixão.
Manuel Lima
E aquecer teu coração
Pense no amanhã que se levanta,
Pois nada é feito de ilusão.
A humanidade precisa de você,
Não esconda seus sentimentos,
Permita que o desejo
Toque em sua alma
Nas primeiras horas
Que faz o dia.
Antes que tudo se acabe,
Antes que teu corpo
Perca o beijo,
Perca o amor
E a paixão.
Manuel Lima
sábado, 1 de maio de 2010
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